OPINIÃO ASSERTIVA: O AMOR MAL EXISTE?

O AMOR MAL EXISTE?

Em visão romântica o amor é sempre do bem! Assim, percebemos quando lemos os ensinos do apóstolo Paulo, sobre o amor foi enfático, a saber:

“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado(1 ° Coríntios 13:3-10)”.

Na ponte do saber ontológico, temos o conceito de amor ao que é do bem (bom) e amor ao que é do mal (mau). De esse pensar, temos nas escrituras textos que revelam o entendimento de Cristo, que de forma inigualável nos deixou o recado, nos revelando com mais profundidade acerca do assunto ora analisado, conforme segue:

Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele. ( Lucas 16:13-14).

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (dinheiro, riquezas, posses). ( Mateus 6:19-24).

Ora, pelas palavras contida nas escrituras temos pessoas que amam o dinheiro e dizem que amam a Deus. Todavia, não podemos deixar de perguntar o óbvio, qual seja: É POSSÍVEL AMAR A DOIS SENHORES?

Por lógica, evidente que não é possível. Dessa feira religiosa, conclui-se que existe o amor por Mamom e o Amor por Deus (amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos; contentar-se com o que tendes recebidos). Dessa forma falou Paulo, conforme lemos acerca do fato de que se ainda Ele distribuísse toda sua fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o seu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

Do alto interrogativo, a questão acerca da possibilidade de contradição entre o texto expresso em 1° Coríntios 13° e, os textos de Mateus e Lucas, retrocitados. Não! Os textos se completam. O apóstolo Paulo fala do amor genuíno, nesse ponto, verifica a separação entre o material e o divino. O amor pelas coisas espirituais distancia-se do apego pela riqueza terrena. Tal situação é cristalina em 1° Coríntios 13.

Na mesma correnteza, os textos de Lucas e Mateus, onde se verifica a separação entre o material e o espiritual. Com efeito, a exata frase de que não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo, haja vista haveremos de odiar um e amar o outro. Assim, se amamos a Deus odiamos o mundo, o contrário também é verdadeiro, a saber, aqueles que amam o mundo, distantes de Deus estarão. As escrituras não deixa dúvida, para os que nelas acreditam, conforme segue:

Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Tiago 4:4

E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. 1° João 2:17

Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. 1 ° João 5:19

Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 1 Coríntios 2:12

Em continuidade, sabemos ser o amor um sentimento carnal que nos aproxima intimamente, paixão enlouquecida. Na síntese, é a atração por algo ou alguém, um vício da carne, uma ligação afetiva por bens materiais, prazeres, poder e tudo que existe nesse mundo, fruto da criação dos homens. O apóstolo Timóteo, esclarece que o amor ao dinheiro é do mal, sentimento carnal, vejamos:

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 1 Timóteo 6:10

Um exemplo! Muito difícil, porém, depois de pouca pesquisa encontrei esses:

No outro lado, o sentimento genuíno daqueles que buscam as coisas do alto, adotam a adoração em espírito e verdade. Nesses modos de amar, há duas possibilidades, amar o bem ou amar o mal. No caso de escolhermos o caminho do bem, teremos que proceder nos termos seguinte:

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Filipenses 2:15

Nos termos supra, concluiu-se que o amor é sentimento que liga-nos a algo do mal ou do bem. Nessa conceituação ontológica, ficou evidente que não podemos servir a dois senhores, a Deus e ao diabo, o primeiro escopo do estudo concluído.

Todavia, bebendo na esteira da epistemologia, nos ocuparemos da problemática inserida no tema, a saber: “o amor mal existe”? . Nesse ponto, dar-se-á o escrutínio necessário acerca da natureza e da validade de tal interrogação, por lógica a resposta em consideração final.

Ora, acerca da natureza do amor, os tópicos anteriores já cristaliza o entendimento, trata-se de sentimento afetivo, ligação próxima de algo. Nessa senda, Resta-nos saber acerca da validade, impressa na pergunta, se existe ou não o amor mal.

Na esteira da lógica, não restam dúvidas. Considerando o amor como sentimento, teremos o amor pelo bem e pelo mal. Todavia, extraindo-se a epistemologia (estudo da validade e natureza do conhecimento, as verdades questionadas), na mesma forma, excluindo a ontologia ( estudo sobre os conceitos do mundo, verdades criadas pelos homens), chegamos ao puro amor, este, por certo tem por essência apenas o bem, não se enquadra como sentimento afetivo carnal, mas no saber universal , espiritual, que criou todas as coisas, nesse ponto, encontramos a existência de Deus. Vejam:

E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1 João 4:16

Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8

Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. 1 João 5:3

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Efésios 2:4

Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. 1 João 4:12

Por fim, com certa experiência sabemos que o pobre fala com gritos sufocados (clama por justiça), mas o rico responde com dureza, julgamentos fundados na injusta tese das leis que eles mesmos criaram, com intuito único de dominação. Desse modo, conclui-se que melhor será o pobre que anda na sua integridade do que os caminhos perversos daqueles que confiam em suas riquezas.

O que vemos hoje? Muito amor ao dinheiro, sede pelo poder e a abundância das rendas, o lucro sempre crescente, não importa se por guerra ou outras espécies de alienação mental.

No Brasil uma vida vale uma passagem de ônibus, notório que a passagem tem muito mais valor, se não vejamos: