domingo, 30 de agosto de 2015

A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL E A INEVITÁVEL VIRTUALIZAÇÃO DO SISTEMA.

O projeto de Lei 48\2015 comprova os fatos narrados nesse breve artigo.
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=D75117C6F2866745D2E29BDA4EE95EA2.proposicoesWeb2?codteor=1296773&filename=PL+48/2015


A China, o Japão e Hong Kong,se cobrarem a dívida dos Estados Unidos quebram a economia mundial.Simulações e dependência  do Brasil com as commodities e os investimentos em bolsas meras bolhas de créditos, viram pó em segundos.




Ora, a inacreditável filosofia da economia mundial. Em sintonia com a ordem econômica, arrecadam o dinheiro do povo por meio de investimentos para os quais chamamos de ações, fazem barulho e nosso dinheiro derrete feito gelo no fogo. Se temos os juros baixos os bancos ofertam mais dinheiro para o endividamento do povo e, quando todos estão no limite de suas forças financeiras, vem a inflação e aumento de juros.
Nessa crise, os Bancos mais uma fez ganham 400% ao ano, para cada real emprestado, porém, no outro lado o povo, se temos dinheiro do FGTS e na poupança pagam o mínimo de 6% ao ano.
O que! Que conversa é essa de que alguém criou a crise? Como isso acontece?

Pois é, indubitável, tem algo de errado nessa tal crise, pois em todas as situações o povo paga, seja por bandeiras amarelas na luz, aumento da gasolina, aumento dos impostos e agora, a CPMF( algo parecido com ela) começa a respirar ressurreição, nem quero falar dos buracos que engolem dinheiro, cujo nome correto é CORRUPÇÃO .

Nesse ponto, apenas enxergamos o nosso quintal, a crise brasileira não existe, por um simples fato, as instituições financeiras ficam mais forte, a exemplo do Bradesco que comprou o HSBC Brasil por U$ 5,2 bilhões de dólares. Por certo, onde fica mesmo a crise ? No bolso dos Brasileiros e de quase totalidade da população mundial, pois a riqueza do mundo está com poucos .


Em visão holística, também temos a crise mundial, especialmente, quando a China sinaliza feito gigante que comprou menos em determinado mês e vendeu ainda menos para outros países. Até aqui tudo bem, os chineses compram de acordo com suas necessidades e vendem conforme o mercado internacional. O Brasil, por ser dependente da China, sempre sofrerá os freios da gigante mundial, pois se sustenta nas commodities agrícolas e minerais.

Segundo publicação da Exame, a China, quando inclui-se Hong Kong, o total da dívida norte-americana em poder da China superou 1,3 trilhão pela primeira vez , equivalente a quase 1.000 dólares por cidadão chinês, segundo dados publicados pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos.Se forem considerados os ativos detidos pelo território de Hong Kong, o total de títulos norte-americanos em poder da China alcança o recorde de 1,44 trilhão, contra 1,31 trilhão há um ano.





Na atual conjuntura, do endividamento sem limites, segundo reportagem do Jornal de Negócios, o Japão ultrapassou a China enquanto primeiro detentor de títulos de dívida pública dos EUA, conforme informa publicação do Departamento do Tesouro, o que acontece pela primeira vez desde Agosto de 2008. Todavia, a ultrapassagem da China pelo Japão deveu-se em virtude de ações planejadas, pois Pequim cortou mais do que Tóquio os seus ativos em dívida pública norte-americana. O Japão terminou Fevereiro com 1,2244 biliões (milhão de milhões) de dólares, acima dos 1,2237 biliões detidos pela China, excluindo Hong Kong.




Nessa cortina de fumaça, a qual chamamos de sistema econômico mundial, os Bancos dominaram governos e todo o povo mundial, a regra funciona conforme bem esclarecido no artigo publicado na carta Maior, onde podemos entender quem criou a crise e a forma como ela começou, se errada, o resultado final  será o colapso , se correta uma economia sólida, com vantagens para todos, pois o bolo seria divido de forma igualitária. Outrossim, o começo foi errado e hoje temos o resultado de catástrofe sem precedentes.


Como o sistema financeiro mundial criou a dívida? O Marco Antonio Moreno - El Blog Salmón, traduziu de forma certeira a forma de como foi criada a tal crise mundial , dentre tantas nações a Crise do Brasil, assim, citaremos parte do texto, com a data máxima vênia, pois resume de forma clara a situação.Vejamos as explicações em seguida:

(...)
A criação de dinheiro através do sistema de reserva fracionada:
Os bancos centrais são os responsáveis pela oferta monetária primária, ou base monetária, conhecida também como dinheiro de alto poder expansivo. Este dinheiro de alto poder expansivo é o que chega aos bancos privados, que são quem o reproduz pela via do crédito. A reprodução do dinheiro original depende da taxa de encaixe, ou reservas mínimas requeridas, que produz o efeito inverso: quanto menor é a exigência de reservas, maior é a quantidade de dinheiro que a banca privada cria. Isto conhece-se como o multiplicador monetário e a sua fórmula, muito simples, é m=1/r, onde “m” é o multiplicador monetário e “r “o nível de reservas exigidas em percentagem.
Deste modo, perante um nível de reservas de 50% (r=0,5 na equação), o multiplicador monetário é 2, como era nas origens da banca inglesa no ano de 1630. Se o nível de reservas é de 20%, o multiplicador monetário é 5 e se as reservas exigidas são de 10%, o multiplicador é 10 (m=1/0,1), o que indica que está a multiplicar-se dez vezes a quantidade de dinheiro real oferecida pelo banco central.
Grande parte da desregulamentação financeira promovida desde os anos 80 consistiu em dar aos bancos a maior das liberdades para o montante das suas reservas. Deste modo, a clássica norma de reservas em torno de 10% ou 20% foi reduzida a níveis de 1%, e mesmo inferiores, como aconteceu com Citigroup, Goldman Sach. JP Morgan e Bank of America, que, nos momentos mais sérios, afirmavam ter uma taxa de encaixe de 0,5%, com o qual o multiplicador (m=1/0,005) permitia criar 200 milhões de dólares com um só milhão em depósito. E no período da bolha, as reservas chegaram a ser inferiores a 0,001%, o que indica que por cada milhão de dólares em depósito real, se criavam 1.000 milhões do nada.
Esta foi a galinha dos ovos de ouro para a banca. Uma galinha que era de todas as formas insustentável e que foi assassinada pela própria cobiça dos banqueiros que se aproximaram do crescimento exponencial do dinheiro até que este entrou em colapso, demonstrando que toda a ficção se asfixia na conjectura e nada é senão o que é. A solução que os bancos centrais ofereciam era muito simples: mal havia um aumento da inflação, elevavam a taxa de juro para assim encarecerem o crédito e bloquearem os potenciais novos empréstimos (cortando, desta forma, potenciais novos empréstimos) e incentivando, as taxas mais altas, o “aforro” seguro dos prestamistas.
Fonte:http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Como-o-sistema-financeiro-mundial-criou-a-divida/7/17237
(...)



Em consonância com tudo que explicitamos acima, o Secretário-Geral da ONU afirmou que a crise revelou deficiências graves em três áreas fundamentais para uma economia mundial orientada para o desenvolvimento e capaz de apoiar o comércio e facilitar o investimento: criação de liquidez, regulamentação comercial e financeira e coordenação das políticas macroeconômicas. A confiança na desregulamentação financeira e na auto-regulação dos mercados diminuíra – é o mínimo que se pode dizer – dando lugar a um novo empenhamento numa regulamentação e supervisão eficazes, não só a nível nacional mas também mundial. No entanto, há que resistir a novas formas de protecionismo.



Portanto, a crise tem origem no poder dado aos Bancos, que de forma gananciosa injetaram o crédito no mercado e, por outro lado, os Bancos Centrais colocaram dinheiro no caixa dos banqueiros para circulação, com vinculação em uma moeda forte, que é conhecida de todos, a qual chamamos de “dólar”. O problema é que para cada dólar emitido pelos Bancos Centrais, os Bancos criavam por meio do crédito mais U$ (dez) dólares. Todavia, os bancos gostaram da situação e no colapso do sistema financeiro mundial, ou seja, para cada milhão de dólares em depósito real, se criam( 1.000) milhões do nada. O resultado disso tudo é que , quando temos qualquer rumores de crise os créditos se desfazem feito gelo no sol, com isso, a falência global é questão de pouco tempo.

Diante de tal situação, a saída será uma nova invenção de modelo econômico, o que se dará com uma única moeda mundial e um único banco Central mundial e o governo único para o mundo. A situação em questão é inevitável, pois os países ficaram reféns dos banqueiros, as dívidas dos governos do mundo são impagáveis, não existe dinheiro suficiente se todos os credores cobrarem seus débitos ao mesmo tempo. 

Na verdade, o sistema econômico atual está falido. A fórmula de multiplicação do crédito em face dos depósitos reais, cria bilhões do nada, uma bolha que se cobrada pelos credores, coloca o mundo em choque. Assim, a solução é simples, adota-se o modelo de partidas dobradas para o sistema, com o crédito virtual e  dinheiro digital. Nesse ponto, para cada dólar digital depositado teremos um crédito correspondente, ou seja, débitos e créditos se equivalem  e tendem ao infinito. Não terá limites para o giro da economia, além da segurança na arrecadação de impostos e, zero por cento de fraudes, assaltos a bancos, explosões de caixas eletrônicos e tantos outros males provocados pelo dinheiro de papel.

Apenas uma análise, com respeito aos pensamentos contrários, outras formas e pontos de vistas diferentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário