A DESRAZÃO E A REVOLTA DO MODERNO MUNDO DO CONHECIMENTO
O binômio em destaque
corroboram para a deterioração das paredes inflexíveis dos dogmas da sociedade
moderna. Revela-nos uma costura e descostura em torno dos saberes humanos,
possibilitando teses e antíteses
consubstanciando-se em multiplicação do conhecimento científico. Todavia,
apesar dos avanços tecnológicos, o homem continua no seu mundo egoísta e
particulares grupos de interesses.
Na esteira corrente da
tecnologia, a razão vem perdendo espaço para a desrazão e a compreensão sede
campo para a rainha da modernidade chamada revolta.
Em síntese apertada, a desrazão é
a falta de razão. Em visão mais aprofundada, trata-se da relação entre duas
quantidades tais que uma aumenta na mesma proporção em que a outra diminui. A
falta de capacidade para decidir pelo bem comum, para formar juízos favoráveis à
coletividade, inferências ou para agir de modo lógico de acordo com um
pensamento lúcido e impulsionado pelas mais justas intenções.
Com a desrazão em crescimento,
surge o estado da revolta, ou seja, a humanidade moderna que prioriza o
individualismo e o sucesso de poucos, com espeque no detrimento da grande
maioria absoluta, já não suporta mais as fórmulas ocultas de dominação e
escravidão impostas pelas nações desenvolvidas e detentoras de enormes
tecnologias, com as quais ditam e cantam as regras para toda a humanidade.
O que vemos hoje?
O levante dos mesmos estribos do
desconforto latente presenciado no passado com a revolução francesa, a primeira
e segunda guerra mundial. Estamos na iminência de uma terceira guerra mundial,
cujos centros modernos da nova ordem mundial organizam-se em dois blocos, com
lideranças opostas entre Estados Unidos e Rússia.
No balanço da ignorância com
avançada tecnologia, ainda traduzimos até hoje as mesmas angustias
impronunciáveis do ontem ,por certo
começamos a construir um incerto amanhã e um homem revoltado no presente.
No interior da nossa casa, no
imenso terreno Brasil, presenciamos a imaginação do homem voltada para as coisas matérias e a
distância deste para o que existe de
mais precioso no mundo que é o amor pela vida.
O que lemos e ouvimos nesse
gigante pela própria natureza?
Em poucas palavras, à verdade sem
rodeios, por certo podemos afirmar que temos muita impunidade e diversas Festas, farra sem medo, com dinheiro público.
Abaixo apenas alguns poucos casos
de corrupção no Brasil, vejamos:
10. Me dá um dinheiro
aí
CASO: Máfia
dos fiscais
ROMBO: R$ 18
milhões
QUANDO: 1998 e
2008
ONDE: Câmara
dos vereadores e servidores públicos de São Paulo.
Comerciantes e ambulantes
(mesmos aqueles com licença para trabalhar) eram colocados contra a parede: se
não pagassem propinas, sofriam ameaças, como ter as mercadorias apreendidas e
projetos de obras embargados. O primeiro escândalo estourou em 1998, no
governo de Celso Pitta. Dez anos mais tarde, uma nova denúncia deu origem à
Operação Rapa.
9. Olha essa mesada!
CASO:
Mensalão
ROMBO: R$ 55
milhões
QUANDO: 2005
ONDE: Câmara
Federal
Segundo delatou o ex-deputado
federal Roberto Jefferson, acusado de envolvimento em fraudes dos Correios,
políticos aliados ao PT recebiam R$ 30 mil mensais para votar de acordo com os
interesses do governo Lula. Dos 40 envolvidos, apenas três deputados foram
cassados. A conta final foi estimada em R$ 55 milhões, mas pode ter sido muito
maior.
8. Siga aquela
ambulância
CASO:
Sanguessuga
ROMBO: R$ 140
milhões
QUANDO: 2006
ONDE:
Prefeituras e Congresso Nacional
Investigações apontaram que
os donos da empresa Planam pagavam propina a parlamentares em troca de emendas
destinadas à compra de ambulâncias, superfaturadas em até 260%. Membros do
governo atuavam nas prefeituras para que empresas ligadas à Planam ganhassem
as licitações. Nenhum dos três senadores e 70 deputados federais envolvidos
no caso perdeu o mandato.
7. Pobre Amazônia
CASO: Sudam
ROMBO: R$ 214
milhões
QUANDO: 1998 e
1999
ONDE: Senado Federal
e União
Dirigentes da Superintendência
de Desenvolvimento da Amazônia desviavam dinheiro por meio de falsos
documentos fiscais e contratos de bens e serviços. Dos 143 réus, apenas um
foi condenado e recorre da sentença. Jader Barbalho, acusado de ser um dos
pivôs do esquema, renunciou ao mandato de senador, mas foi reeleito em 2011.
6. Navalha na carne
CASO:
Operação Navalha
ROMBO: R$ 610
milhões
QUANDO: 2007
ONDE:
Prefeituras, Câmara dos Deputados e Ministério de Minas e Energia
Atuando em nove estados e no
Distrito Federal, empresários ligados à Construtora Gautama pagavam propina a
servidores públicos para facilitar licitações de obras. Até projetos
ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ao Programa Luz Para
Todos foram fraudados. Todos os 46 presos pela Polícia Federal foram soltos.
5. Bilhete premiado
CASO: Anões
do orçamento
ROMBO: R$ 800
milhões
QUANDO: De
1989 a 1992
ONDE:
Congresso Nacional
Sete deputados (os tais
“anões”) da Comissão de Orçamento do Congresso faziam emendas de lei
remetendo dinheiro a entidades filantrópicas ligadas a parentes e cobravam
propinas de empreiteiras para a inclusão de verbas em grandes obras. Ficou
famoso o método de lavagem do dinheiro ilegal: as sucessivas apostas na
loteria do deputado João Alves.
4. Cadê o fórum?
CASO: TRT de
São Paulo
ROMBO: R$ 923
milhões
QUANDO: De
1992 a 1999
ONDE: Tribunal
Regional do Trabalho de São Paulo
O Grupo OK, do ex-senador Luiz
Estevão, perdeu a licitação para a construção do Fórum Trabalhista de
São Paulo. A vencedora, Incal Alumínio, deu os direitos para o empresário
Fabio Monteiro de Barros. Mas uma investigação mostrou que Fabio repassava
milhões para o Grupo OK, com aval de Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, ex-presidente
do TRT-SP.
3. Precinho camarada
CASO: Banco
Marka
ROMBO: R$ 1,8
bilhão
QUANDO: 1999
ONDE: Banco
Central
Com acordos escusos, o Banco
Marka, de Salvatore Cacciola, conseguiu comprar dólar do Banco Central por um
valor mais barato que o ajustado. Uma CPI provou o prejuízo aos cofres
públicos, além de acusar a cúpula do BC de tráfico de influência, entre
outros crimes. Cacciola foi detido em 2000, fugiu para a Itália no mesmo ano
e, preso em Mônaco em 2008, voltou ao Brasil deportado.
2. Chama o Van Helsing
CASO: Vampiros
da Saúde
ROMBO: R$ 2,4
bilhões
QUANDO: De
1990 a 2004
ONDE:
Ministério da Saúde
Empresários, funcionários e
lobistas do Ministério da Saúde desviaram dinheiro público fraudando
licitações para a compra de derivados do sangue usados no tratamento de
hemofílicos. Propinas eram pagas para a Coordenadoria Geral de Recursos
Logísiticos, que comandava as compras do Ministério, e os preços (bem acima
dos valores de mercado) eram combinados antes. Todos os 17 presos já saíram
da cadeia.
1. Manda pra fora
CASO:
Banestado
ROMBO: R$ 42
bilhões
QUANDO: De
1996 a 2000
ONDE: Paraná
Durante quatro anos, cerca de
US$ 24 bilhões foram remetidos ilegalmente do antigo Banestado (Banco do
Estado do Paraná) para fora do país por meio de contas de residentes no
exterior, as chamadas contas CC5. Uma investigação da Polícia Federal
descobriu que as remessas fraudulentas eram feitas por meio de 91 contas
correntes comuns, abertas em nome de “laranjas”. A fraude seria conhecida por
gerentes e diretores do banco. Foram denunciados 684 funcionários - 97 foram
condenados a penas de até quatro anos de prisão. O estado obteve o retorno de
arrecadação tributária de cerca de R$ 20 bilhões.
*Valores estimados e
atualizados pela inflação
Fontes:
Andre Carraro, professor do departamento de economia da Unversidade Federal de
Pelotas e especialista em corrupção, Museu da Corrupção,
Controladoria-Geral da União, ONG Transparência Brasil, site Consultor
Jurídico, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.
Índice |
Anos 70
- Caso Lutfalla (1977) 1
- Caso Roberto Farina
Anos 80
- Escândalo da Mandioca (1979 e 1981)
- Escândalo da Proconsult (1982)
- Caso Chiarelli (1988)
Anos 90
- Caso Jorgina de Freitas
- Caso Edmundo Pinto (1992)
- Caso Nilo Coelho
- Caso Eliseu Resende
- Caso Queiroz Galvão
- Caso Ney Maranhão
- CPI do Detran (em Santa Catarina)
- Dossiê da Pasta Rosa (1995)
- Escândalo dos Anões do Orçamento
- Caso Rubens Ricupero (também conhecido como "Escândalo da Parabólica").
- Escândalo do Sivam
- Escândalo do Banestado
- Escândalo da Encol
- Escândalo da Mesbla
- Dossiê Cayman (ou Escândalo do Dossiê Cayman ou Escândalo do Dossiê Caribe)
- CPI do Banestado
- Banco Nacional de Minas Gerais
- Banco Noroeste
- Banco Econômico
- Bancos Marka e Fonte Cindam
- Escândalo da SUDAM e da SUDENE
Década de 2000
- Caso Luís Estêvão
- Caso Toninho do PT
- Caso Celso Daniel
- Operação Anaconda
- Escândalo do Propinoduto
- Escândalo dos Bingos(ou Caso Waldomiro Diniz)
- Caso Kroll
- Escândalo dos Correios (Também conhecido como Caso Maurício Marinho)
- Escândalo do IRB
- Escândalo do Mensalão
- Mensalão mineiro
- Escândalo do Banco Santos
- Escândalo dos Fundos de Pensão
- Escândalo do Mensalinho
- Caso Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo)
- Escândalo das Sanguessugas (Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga e Escândalo das Ambulâncias)
- Operação Confraria 1
- Operação Dominó
- Operação Saúva
- Escândalo do Dossiê
- Escândalo da Renascer em Cristo
- Operação Hurricane (também conhecida Operação Furacão)
- Operação Navalha
- Operação Moeda Verde
- Caso Renan Calheiros ou Renangate
- Caso Joaquim Roriz (ou Operação Aquarela)
- Escândalo dos cartões corporativos
- Caso Bancoop
- Esquema de desvio de verbas no BNDES
- Máfia das CNH's
- Caso Álvaro Lins, no Rio de Janeiro
- Operação Satiagraha ou Caso Daniel Dantas
- Escândalo das passagens aéreas
- Escândalo dos atos secretos
- Caso Gamecorp
- Escândalo dos Correios
- CPI das ONGs
- Operação Faktor
- A Privataria Tucana
Década de 2010
Referências
- ↑ Jump up to: a b Muco. Caso Lutfalla. Página visitada em 02 de Outubro de 2012.
Ligações externas
Por fim, o que temos que esperar
dos homens modernos?
Não convém acreditarmos que o
homem ainda vai conseguir viver em harmonia uns com os outros, dispostos a
compartilhar a verdadeira paz. Com isso, presenciamos cada vez mais que na
medida dos avanços das ciências e do conhecimento, no mesmo barco, na mesma
velocidade, anda a violência e a corrupção. Em
suma, o homem continua lobo do homem, mesmo com toda a evolução do
conhecimento.
Assim como um furacão destruidor,
o homem moderno clama por um mundo melhor. Em verdade, assaltaram-nos as
lembranças de uma vida tranquila, de onde surgiam as mais pobres e as mais tenazes das nossas alegrias,
como exemplo: “ cheiro suave dos verões tranquilos que tínhamos; O bairro, a
cidade e o campo que nós gostávamos; um certo céu de entardecer, o tranquilo
sol da manhã. Onde deixamos a nossa inocência simples de vida? Para onde empurramos
humildade e presença firme de uma vida com amor?
Não conseguimos acreditar. Por lógica
certeira, nos ocorre o desejo de outra forma de vida. Uma vida na qual apenas teremos o bem, com a certeza de que
fomos purificados do mal que assolou por milhares de anos a humanidade e, repletos de vida eterna em
amor.
Portanto, estejamos prontos para
vivermos um mundo novo. Assim, a grande cólera que presenciamos hoje, nos possibilita
a vitória pelo bem e, diante das noites carregadas de sinais e de estrelas sem
brilho, percebemos que o homem caminha para um mundo das tenras indiferenças
frágeis, ou seja, a modernidade que fará com que o amor de muitos se esfriem.
Enfim, vivemos o mundo da
desrazão e da revolta, distante vem ficando o amor fraternal.
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