A VIOLÊNCIA NO BRASIL
É PANDÊMICA
O Ato de violentar outrem sem qualquer consequência punitiva é regra
geral no Brasil. Na corrente da impunidade presenciamos cotidianamente a
Veemência, Irascibilidade, os Abusos da
força, a Tirania, a opressão. Enfim, a
moda é o espeque no Constrangimento sobre as pessoas, obrigando-as a fazer um ato, coagindo-as para que entreguem
seus bens, por lógico, .uma coação irresistível com prejuízos rotineiros para o
inviolável direito a vida e a propriedade.
O país do futebol, do carnaval,
das lindas praias, onde o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilha no céu da pátria, também convive com uma pandemia da violência. O povo preso em suas casas, com insegurança total, por outro lado, milhões de corruptos e bandidos de toda classe soltos para a prática geral de crimes. A prisão para os criminosos, não pode, somente com o eterno trânsito em julgado, com isso acreditamos que vivemos uma democracia e fingimos que temos um judiciário atuante.
Brilha no céu da pátria, também convive com uma pandemia da violência. O povo preso em suas casas, com insegurança total, por outro lado, milhões de corruptos e bandidos de toda classe soltos para a prática geral de crimes. A prisão para os criminosos, não pode, somente com o eterno trânsito em julgado, com isso acreditamos que vivemos uma democracia e fingimos que temos um judiciário atuante.
Portanto, no estágio atual em que
vivemos o Surto de uma doença, violência geral, com distribuição geográfica
muito alargada, em todo Brasil, tem destaque diário nas notícias. A. Doença que, numa localidade ou região,
ataca simultaneamente muitas pessoas, com a inércia das autoridades, aliás, até
os homens da lei entram no jogo e prolifera-se de forma legal, a crescente
epidemia da violência que logo vira pandemia.
Assim, por
lógica, a epidemia é um surto eventual de violência, que por falta de combate,
surge a pandemia, esta se traduz por ser um problema estrutural e mais difícil
de cuidar. A violência entre nós está incorporada como uma forma legal de vida,
o desonesto é regra, a honestidade a exceção. Em suma, lembramos-vos da paz no
passado, exclame-se que vivemos a pandemia da violência no presente e, tememos
o que acontecerá no futuro para nossa parentela.
Assim, vamos cantar a realidade:
Com efeito, a democracia que mata
é a mesma que não pune os matadores. No Brasil, no mundo, as regras e direitos
a liberdade valem mais do que a vida. Uma situação triste, porém, real e sem
cura prevista, do contrário temos certeza, caminhamos para mais violência, enxergamos
o caos no futuro bem próximo.
Por fim, o Brasil,
onde a riqueza fácil seja símbolo da violência, por consequência, o lábaro que
ostentas não mais é estrelado pelo brilho
da paz, porém, como filha da democracia, agiganta-se a violência , também, não
vemos o verde-louro dessa flâmula com resquício
de qualquer chama, mas o sangue inocente que se derrama todos os dias nesse
gigante pela própria natureza e corrupção pandêmica.
Para os filhos deste solo não és mãe gentil.
ANEXO
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111214_mapaviolencia_pai.shtml
Paula
Adamo Idoeta
Da BBC
Brasil em São Paulo
Atualizado
em 14 de dezembro, 2011 - 13:24 (Brasília) 15:24 GMT

Número médio anual de mortes violentas no Brasil
supera o de conflitos internacionais
Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o
Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos
armados internacionais, apontam cálculos do "Mapa da Violência 2012",
produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.
O estudo também conclui que, apesar da redução das
mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice
epidêmico de homicídios - 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido
sobretudo no interior do país e em locais antes considerados
"seguros".
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Calculando a média anual de homicídios do país em
30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de
36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual
de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil
de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.
A média também é superior às 13 mil mortes por ano
registradas na Guerra do Iraque desde 2003 (a partir de números dos sites
iCasualties.org e Iraq Body Count, que calculam as mortes civis e militares do
conflito).
"O número de homicídios no Brasil é tão grande
que fica fácil banalizá-lo", disse Waisefisz à BBC Brasil.
"Segundo essas mesmas estatísticas (feitas a
partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da
Saúde), ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de
137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por
dia", diz o estudo, em referência à morte de 111 presos no centro de
detenção do Carandiru (SP), em 1992.
Violência nos Estados
Por um lado, o "Mapa da Violência" vê
motivos para otimismo: o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu
conter a espiral de violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de
Janeiro (onde, entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente
63,2%, 20,2% e 42,9%).
Por outro lado, o estudo aponta que "nossas
taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria
realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las
cair".
"Estados que durante anos foram relativamente
tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de
violência", diz a pesquisa.

Cidades menores como Marabá (PA) passaram a liderar
taxa de homicídios por 100 mil habitantes
É o caso, por exemplo, de Alagoas, que, com 66,8
homicídios por 100 mil habitantes em 2010, se tornou o Estado com o maior
número de mortes violentas (era o 11º em 2000).
O Pará, que era o 21º Estado com mais mortes
violentas em 2000, subiu para a terceira posição em 2010, com uma taxa de 45,9
homicídios por 100 mil habitantes.
Vários fatores podem explicar essa migração, diz o
estudo: o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões
metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas
de menor risco; melhoras no sistema de captação de dados de mortalidade,
fazendo com que mortes antes ignoradas no interior pudessem ser contabilizadas;
e o fato de algumas partes do país terem se tornado polos atrativos de
investimento sem que tivessem recebido, ao mesmo tempo, investimentos em
segurança pública.
Além disso, muitas regiões mais afastadas dos
grandes centros também são locais de conflitos agrários ou ambientais, zonas de
fronteira ou rotas do tráfico - fatores que tendem a estimular a violência.
Interior mais violento
É nesse cenário que a violência brasileira tem se
descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior, aponta
Waisefisz.
No estudo, ele detectou "a reversão do
processo de concentração da violência homicida, que vinha acontecendo no país
desde 1980".
Homicídios no Brasil
Em 2010, o país registrou 49,9 mil mortes
violentas. No total de 30 anos (1980-2010), esse número chegou a 1,09
milhão
Taxa de homicídios:
- Em 2010: 26,2 por 100 mil habitantes, número considerado epidêmico por padrões internacionais
- Em 2009: 27 por 100 mil habitantes
Estados com mais homicídios por 100 mil habitantes:
- Alagoas, Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá
Estados onde cresceram os homicídios entre 2000 e
2010:
- Pará (332%), Bahia (332,4%), Maranhão (329%), entre outros
Estados onde caiu a incidência de homicídios entre
2000 e 2010:
- São Paulo (-63,2%), Rio de Janeiro (-42,9%), Pernambuco (-20,2%), entre outros
Cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil
habitantes em 2010:
- Simões Filho (BA) - 146,4
- Campina Grande do Sul (PR) - 130
- Marabá (PA) - 120,5
Fonte: Mapa da Violência 2012
"A disseminação e a interiorização tiveram
como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um
reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios
de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de
uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões
metropolitanas país."
Assim, cidades pequenas como Simões Filho (BA), com
116 mil habitantes, Campina Grande do Sul (PR), com 37,7 mil habitantes, e
Marabá (PA), com 216 mil, passaram a liderar, nesta ordem, o ranking de
municípios com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes.
Taxas gerais
Em geral, o Brasil viu suas taxas de homicídio
crescerem quase constantemente entre 1980 e 2003, quando chegou
a 28,9 mortes por 100 mil habitantes. A partir
desse ano, os índices se reduziram e, com algumas oscilações, se estabilizaram.
Nesses 30 anos, a população também cresceu, embora
de forma menos intensa, aponta o "Mapa da Violência". "Passou de
119 milhões para 190,7 milhões de habitantes, crescimento de 60,3%.
Considerando a população, passamos de 11,7 homicídios em 100 mil habitantes em
1980 para 26,2 em 2010. Um aumento real de 124% no período."
Também preocupa o fato de a violência ainda incidir
de forma muito mais intensa entre a população negra. Segundo o estudo, em 2010
morreram, proporcionalmente, 139% mais negros do que brancos no país.
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